Nestes dias de descanso de mini-férias de Páscoa, tive uma autêntica maratona de dvd’s do Sex and the City. Apesar de adorar a série, nunca tinha visto as seasons todas direitinhas. Gostei especialmente de um episódio chamado “Big Expectations” e tal como a Carrie dizia “…I couldn’t help but wonder…precisaremos de muito para sermos felizes?
Quando estou afastada da cidade, das compras, dos cafés e esplanadas, dos restaurantes e cinemas, serei menos feliz? A verdade é que tenho descoberto que não. Cada vez que vou com o noivo para Alcaria, regresso com energias renovadas e um pouco nostálgica por abandonar aquele paraíso.
Como é que um local se torna de um inferno da adolescência (ainda me recordo do desespero de não passar carros e não ver pessoas!) para um autêntico oásis? Quem mudou obviamente não foi a casa, que lá continua bonitinha de pedra a rir-se para a montanha, mas sim eu. Não foi uma mudança radical mas progressiva. Lentamente, a brisa da manhã e os pequenos almoços no alpendre, os passarinhos e a descoberta de novos ninhos nos pinheiros do jardim, os churrascos na mesa por baixo da velha nogueira, o perfume do jasmim na entrada da casa, os banhos de sol à beira da piscina e a preguiça da vida dali, foram conquistando o meu coração citadino.
Talvez não conseguisse estar lá por muito mais tempo. Eventualmente iria sentir necessidade de aquisição de novos sapatos. No entanto, quando lá estou sinto uma profunda sensação de bem-estar e o sentimento de que ali tenho tudo o que realmente necessito. Amor e paz.
Depois de uns diazinhos com apenas estes dois ingredientes, estou pronta para a explosão de condimentos da minha vida na cidade e no trabalho.
XoXo
P.
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