quarta-feira, 30 de março de 2011

L O V E . . .



“-I wrote about finding love, now I want to write about when you find it.
-So, what happens?
-Humm...stay tunned!”


Pois eu sinto-me tal como a Carrie, com as mesmas perguntas, sem grandes respostas. Mas a vida é assim mesmo. Nas minhas arrumações para a casa nova, redescobri todo o meu mundo de lembranças, como os postais de Natal antigos das avós, bilhetinhos do primeiro namorado, pétalas de dias especiais, cartas de correspondentes e os meus diários.
Achei piada ao constatar que acabo por ter a minha vida toda documentada, o meu primeiro diário data de 1991, ou seja, tinha 7 anos e o meu último apenas com alguns textos de 2007. São bastantes diários, todos eles incompletos, pois a ânsia de começar a escrever em páginas branquinhas e com o cheiro a novo, sobrepunha-se a qualquer bom senso ecologista. Muitas histórias, muitas aventuras, momentos de alegria extasiante e algumas lágrimas e palavras de tristeza profunda.
Olho para trás e vivi intensamente a minha vida até agora, senti muito as coisas, às vezes até de mais… os amores da adolescência, vividos como se fossem o único, e as pequenas coisas que ganhavam uma importância monumental, os amores de fim da adolescência, também igualmente difíceis de ultrapassar e o medo de serem inultrapassáveis…as viagens, as experiências, a vida na escola.
As alegrias ficaram na memória bem nítidas, como se as tivesse vivido ontem e ao invés as amarguras ficaram esbatidas com o tempo e quase imperceptíveis. Tudo isto me trouxe uma grande sensação de serenidade, ler um percurso de vida acreditando sempre no amor, apesar das desilusões típicas que toda a gente as tem (poucos escapam!) e o acreditar sempre que encontraria a minha outra metade, alguém humano com imperfeições mas com os mesmos valores que eu, que quisesse as mesmas coisas, que não vivêssemos a vida do outro mas que vivêssemos a nossa vida com o outro, alguém que estivesse em sintonia, que as palavras fossem secundárias, que o entendimento fosse recíproco, que as discussões não significassem nada umas horas depois, que houvesse momentos de pura felicidade, não todos, porque a vida é boa com todos os condimentos na dose certa, mas bastantes… por último, que sentisse uma química forte no primeiro encontro mas que o sentimento fosse mais forte nos anos seguintes, condimentado com uma boa dose de humor.
Fiquei feliz por constatar uma vez mais, que continuo sem saber o que vai acontecer em mais uma etapa da minha vida que se avizinha, mas que estou ansiosa por a descobrir, com a sensação ao mesmo tempo reconfortante que tenho alguém ao meu lado que se compromete a vivê-la comigo, com todos os bons e maus momentos inerentes e com a vontade conjunta de mantermos sempre vivos os sentimentos que nos uniram.

XoXo

P.

Sem comentários:

Enviar um comentário