segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Peripécias de um casamento...

No sábado o programa consistiu na ida ao casamento de uma prima do marido.
Foi o primeiro que assisti como convidada, sendo o  meu próprio casamento o primeiro a que fui, ou pelo menos, aquele que me recordo. A verdade é que a minha vida social, no que respeita a casamentos é um pouco pobrezinha, e apenas tenho vagas reminiscências dos casamentos a que fui ainda na pré-primária. Portanto, desconhecia por completo o lado dos convidados na dita festa e consegui tirar algumas conclusões.
Primeiro, que os casamentos são divertidos quando se trata de alguém mesmo próximo do nosso núcleo de amizades ou família chegada.
Segundo, que a parte melhor, do ponto de vista dos convidados, é mesmo a comidinha. Ou então não, e sou eu que sou um pequeno monstro das bolachas.
Terceiro, que existem muitos momentos cliché, como a abertura do bolo, ou a abertura da pista, ou quando os noivos dão o pequeno “regalo”. Claro que tudo isto tem um sabor completamente diferente quando somos nós a casar. Se bem que no nosso caso, na parte do “regalo”, já estavamos com a cabeça bem longe, mais concretamente na pista de dança que estava tão divertida que nem nos lembramos desse pormenor. Quem tratou foram os queridos paizinhos e sogrinhos. Espero que ninguém tenha levado a mal.
Quarto, é uma ocasião na qual se tem um motivo válido para comprar roupa nova e um novo par de sapatos.
Quinto e último,  é sempre uma fonte interessante de cusquices, sobre amigos, da prima que nunca mais casa, da tia afastada, das doenças da senhora conhecida de uma amiga, etc.
Na nossa mesa, o tema foi mais focado nas criancinhas e respectivas proezas, inteligência, e originalidade, que penso ser tema comum a quase todos os recentes papás. E claro, não pode faltar a pergunta que aflige a maioria dos casais depois de perguntar ao casal amigo quando se casa, que é para quando a visita da cegonha?
Pelo meio de todas as cusquices dos adultos, encontramos algumas conversas mais saudáveis no seio das brincadeiras das crianças. Também pensamos que poderá ser imaturidade da nossa parte mas a verdade é que consegui ter conversas muito interessantes sobre os dramas da vida de uma menina de 4 anos, que para meu espanto neste novo século não são muito diferentes dos da adolescência e vida adulta. E o diálogo foi mais ao menos este:
Eu: Então a tua mãe disse-me que tens um namorado?
Menina de 4 anos: Sim, é o João Carlos. Mas estamos zangados.
Eu: Ai sim? O que te fez o João Carlos?
Menina de 4 anos: Não me liga nenhuma. Eu quero falar de pinturas e batons e ele só quer futebol!
Eu: Pois…Gostava de te dar uma palavra de ânimo, mas tenho a dizer-te que passados vinte e três anos, terás o mesmo problema.
E foi assim, que destruí as expectativas de uma criança. E esta foi a mesma criança que não foi nas balelas da mãe quando perante as suas incessantes perguntas de como nascem os bebés, disse que se comprava uma sementinha no Pingo Doce. Pois a menina informou-se e passados uns dias corrigiu a mãe, dizendo-lhe que as sementinhas não estavam à venda. Era só o pai que as tinha no seu órgão reprodutor…
Quatro anos de intensa sabedoria!...

XoXo

P.

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